"... deitar com uma mulher e dormir com ela, eis duas paixões não somente diferentes mas quase contraditórias. O amor não se manifesta pelo desejo de fazer amor (esse desejo se aplica a uma série inumerável de mulheres), mas pelo desejo do sono compartilhado (este desejo diz respeito a uma só mulher)..." (A insustentável leveza do ser - Milan Kundera)
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domingo, 13 de março de 2011
sexta-feira, 11 de março de 2011
Solidão
Madri, 16 de Fevereiro de 2011
Sétimo dia das minhas curtas férias e segundo dia da minha primeira viagem sozinho. Estou num restaurante italiano em Madri tomando uma sopa castelhana e esperando minha pizza toscana.
Viajar sozinho pra muitos é um martírio, mas pra mim vem sendo algo interessante, pois esta viagem trouxe-me à tona muitas reflexões que já havia feito sobre um tema que todos temem, a Solidão.
A vida sem amigos, e como amigos entendo familiares, amigos e colegas, é extremamente entediante. A felicidade só é completa quando compartilhada. Mas, ao mesmo tempo, viver em sociedade torna-se, cada vez mais, algo desafiador. Como continuar no meio de pessoas que muitas vezes não entendem o que você fala? Como agir em meio a um grupo de cegos sendo que só você detém a visão? Como não acabar a vida sozinho, isolado e sem amigos?
São essas perguntas que freqüentemente me faço. Na verdade, são essas as perguntas que todos deveriam fazer. Quando escolhemos viver em sociedade, nossa vida deixa de ser nossa, e passa a ser também a vida daqueles que nos rodeiam. É por isso que às vezes se faz necessário um isolamento. Seja ele territorial, verbal ou mental.
As pessoas, querendo ou não, têm suas chatices (como diriam os portuguese), e mesmo que aprendamos a conviver com elas, muitas vezes, nos chateiam. É por isso que, pelo menos para mim, se faz necessário ficar sozinho, buscar a solidão. Só assim consigo ficar dialogar com meus pensamentos, com meus sentimentos e comigo mesmo. Só assim posso, constantemente, me encontrar dentro dos tantos desencontros essenciais da vida. Só assim posso perceber que a chatice das pessoas é parte fundamental dessa nossa vida, e que queiramos ou não, necessitamos dela para vivermos algo excitante, algo novo. Porém, para que isso não atrapalhe a beleza de viver é necessário que nos isolemos para que possamos pensar e repensar, encontrar e reencontrar o sentido de viver, o sentido de cada uma das especificidades das pessoas.
Só assim poderemos entender a maneira peculiar de cada um viver a sua e a nossa vida. Só assim poderemos entender que sem isso viver não teria graça!!!
quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011
Num Samba Curto
Meu samba andou parado
Até você aparecer
Mudando tudo
Lançando por terra o escudo
Do meu coração
Em repouso
Ontem uma rocha fria
Hoje assim exposto
Deixando entrar sem medo a vida
Aquilo que eu não via
Só agora eu reparei
Que não vi seu rosto
E que você partiu
Sem deixar seu nome
Só me resta seguir
Rumo ao futuro
Certo de meu coração
Mais puro
Quem quiser que pense um pouco
Eu não posso explicar meus encontros
Ninguém pode explicar a vida
Num samba curto
***
O texto não é meu, é de Paulinho da Viola. Postei-o aqui pois, de alguma forma, me identifiquei com ele.
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