"... deitar com uma mulher e dormir com ela, eis duas paixões não somente diferentes mas quase contraditórias. O amor não se manifesta pelo desejo de fazer amor (esse desejo se aplica a uma série inumerável de mulheres), mas pelo desejo do sono compartilhado (este desejo diz respeito a uma só mulher)..." (A insustentável leveza do ser - Milan Kundera)
Postagens mais visitadas
-
Lucca Pisa: a cidade de uma só torre Firenze e o Renascimento italiano San Gimignano e suas torres Montalcino: a ...
-
Faz um tempo que eu pensava em fazer um Blog para escrever minhas coisas mas só agora criei coragem. Para dar nome a ele, uso esta fr...
-
O SCAR Project: Breast Cancer is not a Pink Ribbon é um projeto do fotógrafo David Jay que procura mostrar aquilo que, aparentem...
-
Após comer uns pães de queijo, esses dias, fiz-me essa pergunta. Aparentemente a resposta parecia-me óbvia. Mas depois de pensar um pouco de...
-
Évora Capela dos Ossos - Igreja de São Francisco de Assis Templo de Diana Templo de Diana Igreja de São Franci...
-
Toda cidade tem uma trilha sonora. O Rio tem várias, e para fugir do convencional escolhi uma música composta por Chico Anísio e Nonato Buz...
-
Tarde pintada Por não sei que pintor. Nunca vi tanta cor Tão colorida! Se é de morte ou de vida, Não é comigo. Eu, simplesmente, ...
-
Fortalecer Comunidades e Unir Continentes como bolsista da Fundação Rotária Coimbra terra de encanto Fundo mistério é o seu. Chega a ter ...
Arquivo de Postagens
terça-feira, 14 de dezembro de 2010
Desculpas
Desculpas não se pedem. Reconhece-se a falha cometida e a partir daí procura-se não cometê-la mais.
É nesse sentido que peço desculpas pela roupa que não usei, pela dança que nunca dancei, pela rosa que não te dei, pelo piano que não toquei e pelas inúmeras coisas que não tentei.
Coimbra, 15 de dezembro de 2010
quarta-feira, 1 de dezembro de 2010
Qual o sabor do pão de queijo?
Após comer uns pães de queijo, esses dias, fiz-me essa pergunta. Aparentemente a resposta parecia-me óbvia. Mas depois de pensar um pouco descobri que podem existir muitos outros saberes além dos tradicionais. Tentei decifrá-los, e acabei por descobrir que juntamente com os ingredientes normais adicionei outros, que vieram a modificar o sabor do meu pão de queijo.
Percebi que ao misturar o polvilho ao óleo, ao leite e ao sal pré-aquecidos, misturei também grandes doses de Saudade. Saudades do meu Brasil, da minha família, dos amigos e das coisas que vivi e que ainda hei de viver. Entendi que assim como o polvilho, que possibilita a mistura de coisas muito diferentes como o óleo, o leite e o sal, a vida faz-nos compreender como acontecimentos tão diferentes e distantes uns dos outros – às vezes dolorosos ou não – acabam tendo um real sentido mais a frente.
Compreendi, também, que ao acrescentar os ovos e o queijo, bater e sovar a massa adicionei algumas doses de Amor e de Paixão. Amor pelas pessoas que junto comigo batalharam para que eu pudesse estar aqui, para aqueles que sempre estiveram comigo, e para aqueles que passaram pela minha vida, de forma rápida ou mais demorada, mas que deixaram algo cravado em mim. Paixão, em grandes doses, pelos amores que tive, que deixei de ter e que ainda terei ao longo desse grande périplo que é a nossa vida.
Tudo isso, após ser bem sovado e misturado, foi repartido em pequenas partes para que fossem levadas ao forno. Não sei precisar o tempo que eles demoraram para assar. Da mesma forma que pessoas, trabalhos, amores e a própria vida tem diferentes tempos para amadurecer, o pão de queijo também. Isso depende de diversas condições, como a potência do fogão, a intensidade do fogo, as formas de preparo, etc. Por isso é necessário que fiquemos sempre atentos para não deixarmos que eles passem do tempo ou sejam retirados antes da hora, pois podem ficar crus ou muito assados. Cada um sabe o momento certo para retirá-los
Por fim, o último sabor que decifrei foi o da Felicidade. Felicidade por ter encontrado, por aqui, pessoas que atenuaram as dificuldades que temos quando estamos sozinhos longe de casa. Felicidade, por saber que após um longo tempo fora poderei reencontrar as pessoas que fizeram e fazem parte da minha vida e compartilhar com elas minhas experiências. Afinal, a felicidade só é verdadeira se compartilhada com as pessoas que nos rodeiam.
Coimbra, novembro de 2010
Ezequiel Barel Filho
Percebi que ao misturar o polvilho ao óleo, ao leite e ao sal pré-aquecidos, misturei também grandes doses de Saudade. Saudades do meu Brasil, da minha família, dos amigos e das coisas que vivi e que ainda hei de viver. Entendi que assim como o polvilho, que possibilita a mistura de coisas muito diferentes como o óleo, o leite e o sal, a vida faz-nos compreender como acontecimentos tão diferentes e distantes uns dos outros – às vezes dolorosos ou não – acabam tendo um real sentido mais a frente.
Compreendi, também, que ao acrescentar os ovos e o queijo, bater e sovar a massa adicionei algumas doses de Amor e de Paixão. Amor pelas pessoas que junto comigo batalharam para que eu pudesse estar aqui, para aqueles que sempre estiveram comigo, e para aqueles que passaram pela minha vida, de forma rápida ou mais demorada, mas que deixaram algo cravado em mim. Paixão, em grandes doses, pelos amores que tive, que deixei de ter e que ainda terei ao longo desse grande périplo que é a nossa vida.
Tudo isso, após ser bem sovado e misturado, foi repartido em pequenas partes para que fossem levadas ao forno. Não sei precisar o tempo que eles demoraram para assar. Da mesma forma que pessoas, trabalhos, amores e a própria vida tem diferentes tempos para amadurecer, o pão de queijo também. Isso depende de diversas condições, como a potência do fogão, a intensidade do fogo, as formas de preparo, etc. Por isso é necessário que fiquemos sempre atentos para não deixarmos que eles passem do tempo ou sejam retirados antes da hora, pois podem ficar crus ou muito assados. Cada um sabe o momento certo para retirá-los
Por fim, o último sabor que decifrei foi o da Felicidade. Felicidade por ter encontrado, por aqui, pessoas que atenuaram as dificuldades que temos quando estamos sozinhos longe de casa. Felicidade, por saber que após um longo tempo fora poderei reencontrar as pessoas que fizeram e fazem parte da minha vida e compartilhar com elas minhas experiências. Afinal, a felicidade só é verdadeira se compartilhada com as pessoas que nos rodeiam.
Coimbra, novembro de 2010
Ezequiel Barel Filho
Assinar:
Postagens (Atom)