"... deitar com uma mulher e dormir com ela, eis duas paixões não somente diferentes mas quase contraditórias. O amor não se manifesta pelo desejo de fazer amor (esse desejo se aplica a uma série inumerável de mulheres), mas pelo desejo do sono compartilhado (este desejo diz respeito a uma só mulher)..." (A insustentável leveza do ser - Milan Kundera)

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quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Agradecimentos


As armas e os barões assinalados
Que, da ocidental praia lusitana,
Por mares nunca dantes navegados,
Passaram ainda além da Taprobana,
Em perigos e guerras esforçados
Mais do que prometia a força humana
E entre gente remota edificaram
Novo Reino, que tanto sublimaram;
(Luís de Camões. Os Lusíadas)

Desde minha chegada em Coimbra sempre pensei em como iniciar meu primeiro relatório como bolsista da Fundação Rotária. Mesmo seguindo todos os passos descritos no manual e as orientações do coordenador, expressar nossas idéias no papel é mais difícil do que imaginá-las.
Por isso, tomo emprestado os versos de um dos fundadores de nossa língua para exemplificar meu sentimento em poder iniciar esta nova empreitada em minha vida. Empreitada que só se tornou possível graças a um conjunto de pessoas que me permitiram passar além da Taprobana, por mares nunca dantes navegados. E são elas que gostaria de agradecer no início deste relatório.
Dentre todos meus agradecimentos, primeiro agradeço a Deus. Mesmo nos dando o privilégio do livre arbítrio sempre nos ilumina e nos mostra o caminho certo a seguir. Posteriormente e sem nenhum grau de hierarquização, agradeço ao Rotary Club de Itapira, ao Distrito 4590, à Fundação Rotária e ao Rotary International por viabilizarem, financeira e logisticamente, minha vinda para o velho continente, sendo mais específico, para Coimbra, a “Cidade do Conhecimento”. Por fim, e não menos importante, agradeço a meus pais, amigos e familiares, que sempre me incentivaram a seguir adiante nesta nova empreitada de minha vida.
Toda adaptação é em certa medida difícil. O que nos ajuda a superar essas dificuldades são as pessoas que nos cercam nessa nova vida. Sendo assim, não poderia deixar de tornar público meus sinceros agradecimentos aos companheiros rotarianos Sr. Governador Armindo Carolino e Álvaro Gomes que me atenderam prontamente no que diz respeito à minha chegada em Portugal. À companheira Anabela Amaral que me recebeu de forma muito simpática no aeroporto, mesmo após ter esperado por horas devido ao atraso da minha conexão em Madri. E, seguindo os trilhos do comboio, já em Coimbra, agradeço aos companheiros José Cerca da Silva e o professor José Ribeiro Ferreira, do Rotary Club de Coimbra, que desde então tem me auxiliado e me orientado em muitas questões. Sem eles minha adaptação teria sido difícil.
Não posso deixar de citar os amigos que conheci nos corredores do Grande Hostel Coimbra, aqueles que juntaram-se a nós no decorrer deste ano e os amigos de curso. Sem sombra de dúvidas, as cervejas, os finos, as sangrias e as tostas, tomadas e saboreadas no Xis, no Tropical ou no Bar da Associação não teriam o mesmo gosto se não fossem com vocês. Paro por aqui, pois necessário muitas páginas para agradecê-los.

A escolha de Coimbra para empreender meus estudos não foi ao acaso. Escolhi estudar nesta Universidade pelo seu renome, tradição e pelo esforço feito na área do Patrimônio Cultural. Meu objetivo, aqui, é entender o processo histórico de formação de nossos patrimônios culturais e a partir daí, propor meios de preservação e uso desses patrimônios, no Brasil. Hoje, é imprescindível que além de preservado, o patrimônio deve ser integrado à vida de quem o pertence, neste caso, toda a população.  Por uma questão de “militância” procuro estudar os patrimônios culturais brasileiros, que na sua grande maioria são de origem portuguesa.
(...)
Por fim, reitero os agradecimentos feitos no início e destaco minha felicidade em poder participar deste programa de bolsas educacionais da Fundação Rotária de RI. Já vivenciei muitas coisas novas e tenho certeza que muitas outras virão. E para finalizar gostaria de fazer meus, os versos cantados por Amália Rodrigues num Fado chamado Coimbra.
Coimbra é uma lição
De sonho e tradição
O lente é uma canção
E a lua a faculdade
O livro é uma mulher
Só passa quem souber
E aprende-se a dizer saudade
Coimbra do choupal
Ainda és capital
Do amor em Portugal, ainda
Coimbra onde uma vez
Com lágrimas se fez
A história dessa Inês tão linda
Coimbra das canções
Coimbra que nos põe
Os nossos corações, à luz...
Coimbra dos doutores
Pra nós os seus cantores
A fonte dos amores és tu.


Ezequiel Barel Filho

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