"... deitar com uma mulher e dormir com ela, eis duas paixões não somente diferentes mas quase contraditórias. O amor não se manifesta pelo desejo de fazer amor (esse desejo se aplica a uma série inumerável de mulheres), mas pelo desejo do sono compartilhado (este desejo diz respeito a uma só mulher)..." (A insustentável leveza do ser - Milan Kundera)

Postagens mais visitadas

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Quem sou eu?

Quem sou eu?

Não sei,
Sei que sou uma pessoa que ama,
Ama a Vida, os outros, o mundo.
Mas amo de formas diferentes das convencionais,
amo a pessoa, a alma, o espírito e a AMA a vida do outro.

Sou alguém que fala o que pensa, mas penso muitas vezes antes de falar, por isso muitas vezes sou tachado de maluco, e por isso, nem sempre sou compreendido, e nem sequer escutado.

Sou uma pessoa que treme de indignação perante as desigualdades, e às injustiças. Sou capaz de brigar, até mesmo, por causa de uma conta de bar que veio errada, e que o dono não quis consertar.

Sou alguém que briga pela justiça, pela LEALDADE, pelo respeito e pela amizade.
Sou um cara que acima de tudo AMA a vida, amo meus amigos, Amo até meus inimigos, pois sem eles, nossos obstáculos, seríamos sempre os mesmos.

Sou uma pessoa que por ter certeza de minhas convicções, sou capaz de dar minha vida e minha liberdade em troca daquilo que acredito e das pessoas que amo.

Mas na verdade quem sou eu?

Um LOUCO, um MALUCO ou, como muitos dizem, um intelectual?

Quem me dera ser um louco, pois então seria privilegiado, não viveria neste mundo mesquinho e egoísta, não sofreria por amor e nem faria ninguém sofrer. Viveria num mundo superior, num mundo além das idéias além da própria razão, e em hipótese alguma desejaria viver de forma racional.

Se MAULCO fosse, teria coragem de largar tudo e viver a vida na estrada, não se importaria com passado e muito menos com o futuro. Mas se maluco fosse, teria que deixar de lado as pessoas que amo, minhas convicções e meus ideais.

De todos o que menos eu sou é um intelectual, pois eles se acham na capacidade de classificar, julgar e de administrar o mundo ditando suas regras e teorias como se elas fossem vontade geral. Na verdade, chego perto de um pseudo-intelectual, pois sei das minhas limitações e não tento me mostrar superior a ninguém. 
Mas mesmo assim não sei quem sou!!!!

Quem sou eu então?

Um ROMANTICO? um INCOMPREENDIDO.........

Na verdade, talvez eu não seja nada nem ninguém, mas tenho a quase certeza de que posso ser o contrário de tudo aquilo que você pensa de mim......


Ezequiel Barel Filho

sábado, 7 de agosto de 2010

Aquilo que lhe cabe


Versos Íntimos


Vês! Ninguém assistirá* ao formidável
Enterro de tua última quimera.
Somente a Ingratidão - esta pantera -
Será* tua companheira inseparável!

Acostuma-te à lama que te espera!
O Homem, que, nesta terra miserável,
Mora, entre feras, sente inevitável
Necessidade de também ser fera.

Toma um fósforo. Acende teu cigarro!
O beijo, amigo, é a véspera do escarro,
A mão que afaga é a mesma que apedreja.

Se a alguém causa inda pena a tua chaga,
Apedreja essa mão vil que te afaga,
Escarra nessa boca que te beija!


Augusto dos Anjos



*Os tempos verbais foram modificados por mim. O original é no passado

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Viajo porque preciso, volto porque te amo


Faz um tempo que eu pensava em fazer um Blog para escrever minhas coisas mas só agora criei coragem. Para dar nome a ele, uso esta frase que eu plagiei de um filme brasileiro lançado ano passado.
Mais do que pelo próprio filme, esta é frase é muito oportuna para dar nome ao Blog e, para esse momento. Ele mexeu profundamente comigo justamente pelo fato de acreditar na necessidade de conhecer novos lugares e também porque eu sempre viajei, viajo e viajarei em breve! Mas o que me intriga, é por que sempre quero voltar? Por que sempre fica um sentimento de saudade?
Comecei a pensar se viajar é preciso, por que, no meu caso, voltar também é! Achei a resposta para essa pergunta nesse título desse blog. Volto porque sempre deixo para trás as pessoas que me possibilitaram tal feito; volto porque deixo entre tantas outras coisas que amo, mulheres, amigos e familiares. Volto, justamente, porque amo a vida construída junto dessas pessoas.
Agora, porque viajar é preciso? Para tentar responder essa pergunta busquei ajuda nos versos de Fernando Pessoa que um dia escreveu:

“Navegadores antigos tinham uma frase gloriosa:
"Navegar é preciso; viver não é preciso".

Quero para mim o espírito [d]esta frase,
transformada a forma para a casar como eu sou:

Viver não é necessário; o que é necessário é criar.
Não conto gozar a minha vida; nem em gozá-la penso.
Só quero torná-la grande,
ainda que para isso tenha de ser o meu corpo
e a (minha alma) a lenha desse fogo.

Assim como, para os navegadores antigos transformarem suas vidas em algo grandioso, navegar foi preciso, hoje, para nós, viajar é preciso! Desvendar, descobrir e desbravar esse mundo que nos foi dado como bênção é nosso dever. Não importa a distância desta viajem (seja ela por terra, por água, pelo ar, virtualmente ou, simplesmente, pela imaginação) desde que seja algo novo, algo que pode ser reinventado, reinterpretado, revisitado; desde que seja algo que possa ser feito e refeito. Para darmos sentido a nossas vidas precisamos disso, precisamos viajar.
Dessa forma sempre estaremos num constante jogo de viagens, ou seja, de idas e voltas. O lugar que um dia foi sua casa passa a ser seu novo destino, e aquilo que um dia foi seu destino, passa a ser sua nova casa. Se eu sempre volto porque amo as pessoas que ajudaram a construir minha vida, nessa equação formulada agora a pouco, terei o mundo como minha casa, e as pessoas que vivem nele como meus irmãos, pais, avós e amigos. Não foi para isso que o mundo foi criado?
Viajo porque preciso, porque tenho algo de espetacular e fabuloso pra descobrir, para reinventar, para desvendar, mas volto, e sempre voltarei para qualquer que for o local porque é meu dever compartilhar com as pessoas que eu amo as experiências que tive. Na verdade, volto porque te amo.

Ezequiel Barel Filho